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Tendências da construção sustentável em 2026: o que o mundo está fazendo — e como o Brasil pode avançar (sem utopia)

Construir com menor impacto deixou de ser discurso e virou necessidade. O setor da construção é responsável por cerca de 40% das emissões globais de CO₂ e mais de um terço do consumo de energia do planeta, segundo o Global Status Report for Buildings and Construction (UNEP)*¹. Essa pressão por mudança não atinge só as grandes construtoras — ela chega, pouco a pouco, a cada engenheiro, arquiteto e pequenos empreendedores que precisam se adaptar às novas exigências do mercado.

 

O que está mudando no mundo


No cenário global, três movimentos são os grandes protagonistas de 2026. O primeiro é o avanço dos materiais de baixo impacto. Madeira engenheirada, concretos de alta durabilidade e isolantes sustentáveis já não são promessa — são prática. Esses materiais reduzem emissões, aumentam a vida útil das obras e diminuem custos de manutenção². Além do ganho ambiental, representam economia de longo prazo e maior valor agregado aos projetos.


O segundo movimento é a digitalização da construção. Ferramentas como o BIM, sensores de monitoramento e inteligência artificial permitem prever consumo, controlar desperdícios e otimizar a execução. Em países europeus, já se tornou obrigatório usar modelagem digital em obras públicas³, porque isso reduz falhas e garante eficiência em todas as etapas — do projeto à operação.


O terceiro é a transição para uma economia circular. Mais do que reciclar, o objetivo é reduzir o volume de resíduos desde o projeto. No setor da construção, isso significa projetar com foco em reaproveitamento, desmontagem inteligente e logística reversa. Grandes cidades vêm criando políticas de incentivo à reutilização de entulho, reduzindo custos e emissões no transporte e na produção de novos materiais.

 

Por que o Brasil ainda caminha em outro ritmo


O setor da construção civil brasileira movimentou cerca de 127 bilhões de dólares em 2024, e o mercado de green buildings já soma 34 bilhões, com previsão de dobrar até 2032. Ainda assim, o país enfrenta desafios que retardam a adoção dessas práticas: burocracia, crédito caro, informalidade e falta de capacitação técnica. O resultado é um cenário onde muitos profissionais ainda priorizam o custo imediato, deixando de lado o potencial econômico da sustentabilidade.


A diferença entre o Brasil e outros países não está na falta de interesse, mas nas condições estruturais. Enquanto lá fora há incentivos fiscais e exigências legais, aqui os avanços acontecem de forma orgânica, puxados por empresas e profissionais que decidiram inovar. Mesmo sem apoio governamental forte, surgem soluções inteligentes que adaptam a sustentabilidade à realidade local.

 

As tendências brasileiras que ganham força


A primeira é a busca por materiais mais duráveis e eficientes. Produtos com alto rendimento e menor manutenção estão ganhando espaço, especialmente em obras residenciais e comerciais. Impermeabilizantes técnicos, aditivos de concreto e revestimentos térmicos tornam o projeto mais sustentável e competitivo ao mesmo tempo.


Outra tendência é a gestão inteligente dos resíduos. Construtores de pequeno e médio porte estão aprendendo que planejar o uso de insumos e controlar o descarte gera economia real. Reduzir perdas significa reduzir custo — e esse raciocínio é a base da sustentabilidade na prática.


Também cresce o interesse por soluções de eficiência energética. Aproveitamento da luz natural, uso de telhas refletivas, estudo da orientação solar e ventilação cruzada são medidas simples que trazem conforto térmico e reduzem o consumo de energia sem elevar o custo da obra.


Por fim, há uma mudança silenciosa, mas poderosa: a valorização do fornecedor técnico. Engenheiros e arquitetos estão se aproximando de empresas que não apenas vendem produtos, mas ajudam a especificar corretamente, garantem desempenho e orientam sobre aplicação¹⁰. Essa parceria tem sido fundamental para reduzir retrabalhos, aumentar a qualidade e, de quebra, tornar o projeto mais sustentável.

 

Na prática: exemplos que mostram o caminho


Enquanto boa parte do mercado ainda associa sustentabilidade a custo alto e burocracia, diversos projetos no Brasil já mostram que inovação e responsabilidade ambiental podem andar juntas — e gerar resultados reais em desempenho, eficiência e economia. São iniciativas que inspiram e mostram o quanto é possível transformar o setor com soluções técnicas inteligentes e viáveis.


Um bom exemplo vem da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisadores desenvolveram um tipo de concreto capaz de reduzir em até 40% as emissões de CO₂ em comparação com as fórmulas convencionais¹¹. O segredo está na substituição parcial de matérias-primas tradicionais por componentes de menor impacto e no aproveitamento de resíduos industriais no processo. Além de diminuir a pegada de carbono, o material mantém o desempenho estrutural e amplia a durabilidade — mostrando que inovação e resistência podem coexistir sem elevar custos de forma significativa.


Outro avanço importante é a adoção crescente da construção modular no Brasil. Essa técnica, já consolidada em países europeus, começa a ganhar força por aqui graças à sua agilidade e eficiência¹². Os módulos são fabricados em ambiente controlado e montados no canteiro, o que reduz desperdício, ruído e impacto ambiental. Além de acelerar o cronograma, a construção modular otimiza o uso de materiais e minimiza erros de execução. Hoje, já há empreendimentos corporativos e residenciais sendo erguidos com esse sistema no país — uma solução que alia sustentabilidade e produtividade.


Também merece destaque a tecnologia do concreto que fixa carbono, desenvolvida e testada por empresas brasileiras do setor de materiais de construção¹³. Esse concreto utiliza agregados reciclados tratados com dióxido de carbono, que ficam “presos” na estrutura do material. O resultado é duplo: menos emissões e maior aproveitamento de resíduos da própria cadeia da construção. A técnica tem chamado atenção por unir economia circular e eficiência estrutural, demonstrando que a inovação pode vir de dentro da própria indústria.


Esses exemplos provam que sustentabilidade na construção não é uma meta distante, mas uma realidade em expansão. Cada avanço técnico — seja no material, no processo ou na forma de projetar — abre espaço para um setor mais moderno, competitivo e alinhado com as exigências ambientais que já moldam o mercado internacional.

 

O que o pequeno construtor pode fazer agora


É aí que a sustentabilidade precisa deixar de ser conceito e virar ferramenta de negócio. Nem sempre dá para investir em tecnologia de ponta, mas é possível adotar práticas que cabem no orçamento. Planejar melhor as compras, escolher produtos de maior rendimento, reduzir desperdício e organizar o estoque já são atitudes sustentáveis¹⁴. Cada decisão técnica bem feita representa economia e menor impacto ambiental.


Linhas de crédito e programas públicos voltados à eficiência energética e inovação estão se expandindo¹⁵. Quem se adiantar a esse movimento terá vantagem competitiva — não só pelo marketing verde, mas por entregar obras mais econômicas, seguras e duráveis.

 

Como a Isocom ajuda você a colocar tudo isso em prática


Na Isocom, acreditamos que sustentabilidade também é eficiência. Mantemos em estoque, para pronta entrega, produtos técnicos de alto desempenho e qualidade comprovada, para que você não precise imobilizar capital nem acumular material na obra.Nós cuidamos do estoque por você, evitando desperdício, reduzindo sobras e garantindo que o produto certo chegue no momento certo.


Nosso atendimento técnico especializado ajuda engenheiros, arquitetos e construtores a escolher soluções com o melhor custo-benefício e o máximo desempenho. Assim, cada decisão técnica vira um passo concreto em direção à sustentabilidade — sem complicação e sem utopia.


A construção civil brasileira está evoluindo — e quem se adaptar agora vai liderar o mercado nos próximos anos. Conte com a Isocom para transformar sustentabilidade em resultado: mais eficiência, menos desperdício e obras que duram muito mais.

 

Fontes consultadas

¹ Global Status Report for Buildings and Construction 2024 – UNEP. Disponível em: https://www.unep.org/resources/report/global-status-report-buildings-and-construction-20242025

² Precedence Research – Sustainable Construction Materials Market 2024–2034. Disponível em: https://www.precedenceresearch.com/sustainable-construction-materials-market

³ European Commission – Digitalisation in the Construction Sector. Disponível em: https://ec.europa.eu/docsroom/documents/45547?utm_source

Arxiv.org – Circular Economy in Construction: Global Practices 2025. Disponível em: https://arxiv.org/abs/2504.07850

⁵ Markets & Data – Brazil Green Building Market Report 2025. Disponível em: https://www.marketsandata.com/industry-reports/brazil-green-building-market?utm_source

⁶ Globenewswire – Brazil Construction Industry Report 2025–2029. Disponível em: https://www.globenewswire.com/news-release/2025/09/01/3142022/28124/en/Brazil-Construction-Industry-Report-2025.html

⁷ CBIC – Construção sustentável: indústria avança e aponta soluções para cidades inteligentes. Disponível em: https://cbic.org.br/construcao-sustentavel-industria-avanca-e-aponta-solucoes-para-cidades-inteligentes-e-de-baixo-carbono

⁸ CBIC – Guia de Gestão de Resíduos na Construção Civil. Disponível em: https://cbic.org.br/os-residuos-da-construcao-civil/?utm_source

⁹ Eletrobras – Eficiência Energética em Edificações no Brasil. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/eficiencia-energetica

¹⁰ Revista Infraestrutura Urbana – O papel dos fornecedores técnicos na qualidade das obras. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/infraestrutura-urbana-e-tema-da-revista-estudos-avancados/

¹¹ TecnoVerde – Construção sustentável ganha força no Brasil com reaproveitamento de materiais e novas tecnologias. Disponível em: https://tecnoverde.com.br/construcao-sustentavel-ganha-forca-no-brasil-com-reaproveitamento-de-materiais-e-novas-tecnologias

¹² ImobiReport – Construção modular promete crescer no Brasil em 2024. Disponível em: https://imobireport.com.br/imobiliario/construcao-modular-promete-crescer-no-brasil-em-2024

¹³ Cimento Itambé – Concreto que fixa carbono: inovação pode transformar resíduos da construção. Disponível em: https://www.cimentoitambe.com.br/concreto-que-fixa-carbono-inovacao-pode-transformar-residuos-da-construcao-em-aliados-contra-mudancas-climaticas-2

¹⁴ NTC Brasil – Técnicas de Construção de Baixo Carbono. Disponível em: https://www.ntcbrasil.com.br/blog/construcao-baixo-carbono

¹⁵ Ministério de Minas e Energia – Programa de Eficiência Energética no Setor da Construção. Disponível em: https://www.gov.br/mme/pt-br

 

 

 
 
 

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