🧱 Por que o concreto fissura? E o que pode ser feito antes que o problema se agrave.
- Isocom Isolamentos
- 12 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de jun.
A fissuração do concreto é uma ocorrência comum no ambiente de obra. Em muitos casos, surgem logo após a execução e, quando não são compreendidas corretamente, podem gerar insegurança ou interpretações equivocadas sobre a qualidade da estrutura.
Saber por que o concreto fissura, em que situações isso é aceitável e quando exige intervenção técnica é essencial para garantir desempenho, durabilidade e segurança — além de evitar retrabalhos e reclamações do cliente final.
📌 Trinca, fissura, abertura: há diferença?
Na prática da obra, o termo “trinca” é utilizado de forma genérica. No entanto, tecnicamente, é mais apropriado falar em fissuras — especialmente quando tratamos de aberturas superficiais e estreitas, comuns em elementos recém-concretados.
De forma geral:
Fissuras de retração são estreitas (inferiores a 0,3 mm), normalmente superficiais, e resultam de movimentações internas do concreto em processo de cura.
Fissuras mais profundas ou com evolução ao longo do tempo merecem atenção especial, pois podem estar associadas a problemas estruturais ou de fundação.
🧪 Principais causas de fissuração no concreto
Embora não seja possível eliminar completamente a fissuração, sua ocorrência pode ser significativamente reduzida com planejamento adequado. As causas mais comuns incluem:
Retração plástica: perda de água nas primeiras horas após o lançamento, especialmente em ambientes quentes ou ventilados.
Retração por secagem: fissuração resultante da perda de umidade ao longo do tempo, agravada pela ausência de cura adequada.
Fator água/cimento elevado: concretos excessivamente fluídos têm maior tendência à fissuração por retração.
Ausência ou má execução de juntas de controle
Variações térmicas intensas durante a cura
Falta de uso de aditivos ou fibras que aumentem a resistência à fissuração
🔍 Quando a fissura exige atenção técnica?
Fissuras superficiais, com largura inferior a 0,3 mm e que não apresentam evolução, geralmente têm caráter estético ou natural da retração.
Entretanto, é necessário atenção quando:
A abertura ultrapassa os limites recomendados por norma (ex: 0,2 mm em concreto aparente);
A fissura apresenta continuidade e se propaga com o tempo;
Está localizada em regiões críticas da estrutura (apoios, ligações, transições);
Há presença de umidade, corrosão de armaduras ou recalque associado.
Nesses casos, a avaliação técnica é indispensável para identificar a origem e definir o tipo de intervenção.
🛠️ Prevenção e soluções possíveis
Cada situação exige um diagnóstico preciso, mas algumas abordagens são recomendadas com frequência:
Aditivos redutores de água e de retração: melhoram a trabalhabilidade e diminuem a tensão interna.
Fibras estruturais (micro e macro): aumentam a resistência à fissuração por retração plástica e contribuem para o desempenho mecânico.
Cura química eficiente: especialmente em ambientes com alta incidência solar ou vento.
Selantes flexíveis: utilizados em juntas ou em fissuras inativas com movimentação previsível.
Técnicas de injeção com resinas epóxi ou poliuretano: aplicáveis em fissuras estruturais com necessidade de restauração de monolitismo.
Reforços com argamassas poliméricas ou produtos cimentícios especiais, em casos de comprometimento estrutural localizado.
🤝 Como a Isocom pode apoiar seu projeto
Na Isocom, acompanhamos de perto os desafios enfrentados por engenheiros, arquitetos e profissionais de obra na fase estrutural. Nosso papel é oferecer apoio técnico confiável, com soluções adequadas e orientação individualizada para cada situação.
Seja na fase de prevenção, correção ou diagnóstico, estamos disponíveis para colaborar com você, de profissional para profissional.
Fissuras fazem parte da realidade do concreto. A diferença está em saber interpretá-las — e agir com técnica.
Comments